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Liderança em 5 fatos realistas

Antes de tudo, os fatos e itens apresentados nesse artigo não obrigatoriamente vão ocorrer. Fatores como cultura, tamanho da organização e outros itens podem variar a forma/intensidade dos itens.

A escolha da imagem da capa deste artigo não foi por acaso. Retrata um expedidor solitário no Everest, em um local em que poucos conseguem ir. Sem dúvida alguma, diversos expedidores tentaram (e continuam tentando) alcançar o cume deste monte de quase 9 mil metros que é considerado o ponto mais alto da terra.

Nas organizações não é muito diferente disto: quanto mais alta a posição na estrutura organizacional, ou seja, a liderança das áreas, setores, gerências e etc, somente alguns dos diversos empregados que fazem parte do quadro devem chegar lá. Ora! Tal como escalar um monte, o clichê nos lembra que somente aqueles mais preparados e capacitados irão chegar aos pontos mais altos da organização. Porém, existem 5 dicas e fatos que podem ocorrer e que devem ser considerados “ao chegar lá” e poucas pessoas lhe disseram isso.

O fato é que pode vir a ser frio e solitário dependendo do quão alto você esteja na estrutura organizacional.

1- Podem falar e questionar como você chegou lá.

Sim! Podem questionar, falar, fazer comentários (nem sempre tão bons) a respeito da sua ascensão. Dentre os preferidos são: amizade com o chefe maior, a utilização de meios externos a organização, uso de ferramentas políticas e etc. Acredite: a rádio peão poderá ser cruel em fazer comentários desnecessários.

Dependendo do feedback, do resultado da avaliação de desempenho que você performou, poderá ser fácil entender por que você foi o escolhido para aquela posição de liderança. Mas, nem tudo é o mundo perfeito e muitas empresas ainda não possuem processos formais amadurecidos para a escolha da liderança naquela posição.

Lembrando que, caso a empresa possua um plano de sucessão transparente, naturalmente será amortecido o desgaste com os comentários imaturos que alguns “colegas” podem fazer ou até, dos possíveis concorrentes que ficaram para trás quando da definição do líder para a posição. Importante lembrar que uma equipe madura e uma gestão transparente é o melhor caminho para evitar comentários.

2- Amigos, amigos… “liderados” a parte!

Com o passar dos dias acabamos criando laços com colegas de trabalho um pouco mais fortes que aqueles exclusivamente profissionais. Imagine que depois de alguns anos trabalhando com os seus colegas você foi escolhido para ser o líder daquela equipe. Agora que encontra-se em uma posição de liderança, você passará a ter como liderados aquelas pessoas que você tinha uma ligação de mesmo nível hierárquico. Faz parte da natureza do líder ter domínio e conviver com dois elementos que são o “poder e a autoridade” que resultam em ações a serem tomadas no dia-a-dia. Ocorre que, antes você tinha uma relação de coleguismo em mesmo nível com a equipe e agora terá que usar do poder, autoridade e influência no relacionamento com seus colegas.

O que ocorre é que, antes você tinha uma relação de coleguismo em mesmo nível com a equipe e agora terá que usar do poder, autoridade e influência no relacionamento com seus colegas.

Pode ocorrer que, dependendo da maturidade dos seus colegas de trabalho que antes pertenciam ao mesmo nível hierárquico que você, exista certo desconforto em aceitar que agora você dará orientações, que terão que pedir autorizações para demandas ou por exemplo, ausentar-se do trabalho.

De forma bem sincera, a minha sugestão é aos poucos ganhar terreno explicando o porquê de cada decisão tomada e assim, começar a estabelecer uma relação de proximidade. Todo radicalismo é nocivo e transforma o ambiente em algo tóxico. Fala sério! Ninguém gosta de radicalismo e realizar “entregas” sem saber para qual o fim.

3- Quanto mais alto mais frio e solitário?

Ainda na linha do assunto anterior (2), este tópico remete exatamente a metáfora do Everest. Algum tempo atrás, em uma conversa com um Gestor de sucesso que chegou até a mais alta posição em uma multinacional, ele comentou: “– Matheus, é natural que quanto maior o cargo (posição na carreira) mais solitário você poderá ficar e mais frio.

Obviamente entortei o nariz para este comentário, claro. Estamos passando por tempos de mais proximidade entre liderança e liderados, mas… passei a observar o comportamento de diversas lideranças e de uma forma intrínseca, os líderes acabam um pouco mais solitários por conta de assuntos que devam tratar e frios em sua tomada de decisão. Pense bem: em algum momento o líder pode ser obrigado a demitir alguém de sua estima dentro da empresa, então, ser frio (no profissionalismo) acaba devendo ser natural.

Um ponto interessante que observei é que, em alguns casos, os seus recém liderados, diante da sua nova liderança, acabam isolando essa chefia, seja por conta dos assuntos ou por não se sentirem mais tão à vontade. Me recordo quando, em uma experiência passada, um colega assumiu uma liderança em linha com a minha posição no organograma e reclamou-me que não o convidavam mais para encontros fora do trabalho. Em meio ao bate-papo, percebi que tudo soava natural.

A depender de sua posição na estrutura da empresa, a solidão e o frio podem ser maiores. Afinal, você falará com o presidente da empresa da mesma forma que fala com seu supervisor? Pense nisso! A minha sugestão é aproveitar e tentar, na medida do possível, permitir certo nível de proximidade com seus liderados, fazendo uso da autoridade quando necessário: medir sempre o quão próximo você deve encontrar-se.

4- Vida pessoal e equilíbrio com a equipe: um assunto delicado.

Até parece que líder não pode ter filho doente, não pode brigar com a esposa e não pode acordar ruim. Afinal, subordinados são sensíveis em identificar alterações de humor.

Pode parecer que os liderados pareçam não lembrar que as lideranças possuem “vida lá fora” e esquecem-se que, como todas as pessoas, líderes também possuem problemas, família, ambições, felicidades e inquietações. Sempre vão esperar de você como líder a serenidade e a segurança que você deve passar no dia-a-dia. Ocorre que, como exemplo, se você tiver com um filho doente, um problema em seu casamento ou algo do tipo, provavelmente você terá que fazer um esforço a mais para transmitir sua serenidade e segurança.

…provavelmente você terá que fazer um esforço a mais para transmitir sua serenidade e segurança.

Mas eles percebem! É impressionante como liderados e outros colegas facilmente conseguem perceber que você não encontra-se bem e, facilmente, pode ser taxado como “estressado, mal humorado, chato” e etc. Até parece que a liderança não possui (ou não pode) ter problemas. No entanto, tudo vai ao encontro do quão capacitado o líder encontra-se em sua inteligência emocional e das outras parafernálias que tanto estamos acostumados a ouvir.

Uma tecla bem batida da Inteligência Emocional é o “Gestão das Emoções” que é a capacidade de gerir os próprios sentimentos. Mantenho o pensamento que, isto é uma habilidade e como toda, precisa ser trabalhada.

5- Algumas competências que não comentam muito por aí.

“O chefe você obedece, o líder é aquele que você procura.” é com essa frase do Cortella (sou super fã mesmo) que inicio esse tópico! Durante o processo de treinamento para futuros líderes, seja por plano de sucessão ou cursos pagos por você mesmo, diversas competências são estudadas e exploradas. Eu mesmo já participei de alguns cursos e sempre percebo que batem na mesma tecla, um importante clichê que sempre volta! Para falar a verdade, o próprio Cortella definiu bem algumas competências que, em minha opinião, refletem bem o dia-a-dia para uma liderança. Aproveito para colocar na íntegra a parte das competências elencadas pelo filósofo.

Abrir a mente: Em um mundo de mudança veloz, não dá para liderar com a cabeça do passado. É preciso perceber as mudanças e ser flexível para poder melhorar sempre.

Elevar a equipe: Não usar as pessoas para crescer e depois descartá-las ou deixar de repartir a glória. O líder é aquele que faz com que todos aqueles que estejam ligados a ele também cresçam

Inovar a obra: Ser capaz de criar o que dá vitalidade. Ir além do óbvio.

Recrear o espírito: Recrear não é brincar, é saber que seriedade não é sinônimo de tristeza. É preciso festejar as conquistas. Criar as circunstâncias em que o reconhecimento, a alegria e o bem-estar estejam presentes no trabalho.

Empreender o futuro: Ter esperança e ir atrás, não desistir, cuidar do que é importante.

Clique aqui e confira a breve matéria com o Cortella a respeito.

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