Domingo à noite: o coração já começa a palpitar e um desânimo – aparente – ocorre quando você escuta aquela abertura do Fantástico. Ok! Amanhã, uma nova semana de trabalho a frente e você não sabe se irá sobreviver a mais essa. Na segunda, você chega ao trabalho já julgando que todos sabem que você em breve não estará por lá, que suas “entregas” já não são como antes. Até parece que está estampado na sua testa a informação: “vou ser demitido“.
Tudo fica pior quando seu gestor te chama, você sente calafrios, sente-se desconfortável e se a reunião for em uma sala fechada logo pensa que chegou o seu dia.
E assim, dia após dia, cria-se um sentimento de não estar indo bem, de não ser bom o suficiente, pensar que aquele e-mail sobre um simples assunto irá custar a sua cabeça.
E assim, dia após dia, cria-se um sentimento de não estar indo bem…
Mas afinal, que prisão mental é essa mesmo? Abaixo, algumas dicas de como superar este medo.
1. Entenda a origem do medo
Basicamente, o medo pode estar sendo originado por situações internas ou externas a você, esta última, são situações que fogem a sua reação.
Quando falamos de situações externas, o seu receio pode ser causado por uma situação real, que podem ser as temidas reestruturações, desligamentos regulares, mudanças na estratégia da empresa ou simples redução de quadro. Logo, pela sua experiência, você pode julgar e sentir que será demitido.
Nas situações internas, é aí que mora o perigo! A sua insegurança, maturidade e até ansiedade podem estar lhe sabotando. Você observa que ninguém está sendo demitido, que a rotina tem sido executada normalmente mas mesmo assim, você fica inseguro achando que será desligado, e isto sim, quando entra em exagero pode começar a expor com mais força as suas fraquezas, poderá te atrapalhar no decorrer das suas atividades.
Nas situações internas, é ai que mora o perigo!
O pior de tudo é que, caso não seja observada, esta é uma situação que irá evoluir de forma negativa para a sua carreira. Aumentará as chances de falhar nas apresentações em público, ao “defender” números, vendas de novos projetos e estudos. Enfim, o que mais foi abalado por este sentimento é a sua segurança, motivação e por fim, seu bem-estar no ambiente de trabalho. Falaremos um pouco sobre isto um pouco mais a frente.
2. Procure seu gestor
Você pode buscar ajuda através de uma boa conversa com seu gestor ou superior imediato. Para isto, recomendo identificar um dos dois momentos abaixo:
- Sinal verde: Se você sentir que possui um caminho aberto com seu superior, se sente confiança ou espaço tranquilo para uma conversa, dividir com ele o seu sentimento a qualquer tempo é uma boa dica! Se achar melhor, tente convidá-lo para almoçar ou para um momento fora do escritório e diga claramente que você está com receio de perder o emprego. Ele, por ser gestor e experiente, deve ir para um momento de feedback e poderá lhe passar dicas do seu comportamento e gerar mais segurança ou explicar pontos de melhoria.
…ir para um momento de feedback poderá lhe passar mais segurança.
- Sinal amarelo: Se você julga que não é seguro, que ele chega a ser grosso ou pode até cometer pequenos abusos no dia a dia, vá com calma! Tente se arriscar! Peça um momento na agenda do seu gestor, busque um momento formal, dentro da companhia. Comece perguntando quais são seus pontos positivos e depois quais itens a melhorar. Se a empresa possuir um programa formal de feedback é melhor ainda! Busque este momento. Pode ser que você tenha uma bela surpresa e deste ponto em diante irá se acalmar um pouco mais. Se preferir, tente antes sondar com pessoas próximas, de uma forma discreta, se seu gestor já deu opiniões sobre você.
3. Mesmo inseguro, siga em frente!
Autoestima é sempre bom, certo? Lembre que você é profissional. Manter o nível das suas entregas poderá fazê-lo sentir-se bem a medida que os dias passam. Lembre ainda que, continuar dando o seu melhor em seu emprego é uma estratégia boa e coerente para se reerguer e sentir-se mais seguro. Quem sabe, isto poderá até render uns bons elogios e ajudar a reerguer a sua autoestima! Então, mãos à obra!
4. Procure se desenvolver
Estamos falando de sentir-se seguro, certo? Algo muito útil é procurar cursos de desenvolvimento para ajudar a sua mente a ter novas ideias e assim, através de soluções criativas sentir-se diferenciado dos demais colegas de trabalho. Quem sabe, uma nova graduação ou colocar em prática aquele MBA que já algum tempo você estava de olho? A convivência com novos profissionais em um curso formal pode vir a ajudar a atualizar-se e trazer novas perspectivas em seu trabalho.
Tenho certeza que com novos conhecimentos e um pouco de criatividade, seu sucesso deverá afastar o medo de ser demitido.
5. Se for o caso, peça ajuda a um especialista!
Certa vez vi em um palestrante dizer em um evento, de forma cômica, sobre a síndrome do fantástico da globo. Na verdade, consistia em uma tristeza, um desânimo, ao ouvir a abertura do programa por saber que no dia seguinte, ou seja, na segunda, o profissional iria trabalhar.
Pense um pouco: seu medo constante de ser demitido pode na verdade ser ANSIEDADE e não ter causa alguma com o ambiente de trabalho. Se você sente suor, tonturas, tremor nas mãos, coração palpitando e isto ocorrendo ao dirigir-se ou durante o expediente de trabalho, é muito provável que você precise de ajuda.
…seu medo constante de ser demitido pode na verdade ser ANSIEDADE.
O pior disto é que, sua ansiedade, pode começar a revelar suas fraquezas e transmitir insegurança o que pode vir a prejudicar você. Portanto, informe-se! Procure um psicólogo ou um especialista no assunto para te ajudar. Dica: muito provável o RH da sua empresa possui algum psicólogo que pode te ajudar a esclarecer o que você sente e te encaminhar para um profissional especializado neste assunto. Pode ser que o seu problema seja apenas insegurança e através de terapia, você conseguirá vencer este medo.
O mais importante é:
Se puder te recomendar uma dica final eu diria: acredite em você! Esta sim é a dica mais coerente e que faz valer a pena para derrubar qualquer medo ou ansiedade! Não tenho dúvidas que você é capaz de continuar fazendo um grande trabalho.
Um forte abraço. Matheus Borges.